Fonte: Google

Nas últimas semanas, dois ataques fatais aconteceram no interior de escolas, um em São Paulo e outro em Blumenau. Em ambas as situações, as vítimas foram professoras e estudantes.

Em minha última coluna no jornal Cinform e na coluna Caleidoscópio, na rádio UFS, tratei do assunto como sendo consequência direta de um ódio contra a escola, ódio que cresceu nos últimos anos por conta da ascensão da ultradireita no cenário político nacional e da facilidade em adquirir armas, principalmente pela exacerbação da cultura armamentista promovida pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

O jornalista Octávio Guedes falou, na GloboNews, que os ataques refletem uma sociedade “adoecida por um discurso de ódio contra a escola, segundo o qual a escola é um partido político, as universidades são antros de maconheiros, os professores não estão ensinando coisas decentes, o bom é o homeschooling”. Parece que os cumplices do antigo presidente não gostaram. Problema deles.

Logo após o ataque ocorrido na escola em Blumenau, a BBC Brasil publicou uma matéria apontando que, nos últimos 12 meses, ocorreram 22, quase a mesma quantidade de ataques ocorridos nos últimos 20 anos.

Ontem, 06 de abril, o Governo Federal promoveu uma reunião interministerial para discutir o tema da violência nas escolas. Como resultado, foi criado um grupo de trabalho com o objetivo de “propor políticas de prevenção e enfrentamento da violência nas escolas.”

Durante a transição de governo, a Campanha Nacional pelo Direito à Educação entregou um relatório aos integrantes do Governo Lula denunciando a situação e apontando possíveis soluções para o enfrentamento da crise.

Como gosto de dizer, a escola que conhecemos é uma invenção da Modernidade. Ela foi criada para efetivar o direito à educação, ensinando tudo a todos. Ataques contra ela significam ataques contra um dos principais direitos humanos. Torço que a situação seja revertida e que o ódio a escola seja anulado.

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